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Quem foi Deocleciano Oliveira!
Quem foi Deocleciano Oliveira!

 

 

5/junho/2013- Atualizado em 03/07/2013 8:37:24
Deocleciano Oliveira e o ‘Ciclo de Bronze’ franciscano
por SÓCRATES NASCIMENTO

Desembargador barrense conhecido como “O escultor da Justiça” povoa cidades ribeirinhas do rio São Francisco com estátuas de santos e elementos representativos da cultura nativa.
A tendência de todo brasileiro é sempre ter apego à comunidade em que nasceu. O barrense, de modo geral, é um bairrista ferrenho, apegado às suas tradições, à sua história, amante incondicional das coisas do seu torrão natal. Costuma-se dizer que o barrense é representado por cinco Bs: brasileiro, baiano, barrense, barranqueiro e bairrista.
Estátua de São Mateus, no centro da praça Barão de Cotegipe, em Barra. Ao redor dela existem 12 bustos de personalidades que contribuíram com a cultura do município
Deocleciano Martins de Oliveira Filho foi, sem dúvida, um desses barrenses bairristas apaixonado por sua terra e seu povo, que lhe inspiraram a deslumbrante e importante obra de exaltação dos valores sanfranciscanos, barrenses em especial, obra essa que o transformou no maior expoente artístico-literário que a Barra já produziu.
A série de estátuas por ele criadas e espalhadas pelas cidades mais importantes do Vale do São Francisco, teve em Barra o seu centro irradiador. Aqui o escultor D. Martins de Oliveira iniciou o movimento artístico-cultural por ele denominado o “Ciclo do Bronze”, através do qual desejava dotar as cidades ribeirinhas de estátuas em bronze, representativas de vultos ilustres ligados à cultura da terra, dos santos que influíram na sua formação espiritual e intelectual e de animais que estão presentes nas histórias e lendas dos povos ribeirinhos e que, de alguma forma, contribuíram para enriquecer a cultura dos núcleos populacionais do Velho Chico.

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Em 04 de outubro de 1959, dia em que a Barra comemorava o 1º Centenário da Catedral de São Francisco das Chagas, seu padroeiro, foi inaugurada a estátua de “São Francisco Falando às Aves”, no local que ficou conhecido como “o pedestal”, em frente ao encontro das águas dos rios Grande e São Francisco, um lugar pitoresco, especialmente à tarde, de onde se descortina um lindo pôr-do-sol.
Mais tarde, foram colocadas em vários logradouros públicos e chafarizes, estatuetas em bronze, destacando-se “o aguadeiro” – um burrinho carregando seus carotes e montado pelo aguadeiro, uma homenagem àqueles trabalhadores que abasteciam as residências da cidade, quando ainda não existia água encanada. Está colocada no Alto da Santa Cruz, o bairro mais antigo e original da Barra; “o cavalinho”: estatueta colocada no bairro Humaitá, num jardim da avenida Getúlio Vargas; “cabeças de leões”: estatuetas estilizadas, colocadas originalmente num chafariz, na Praça Landulfo Alves, e, recolocadas no calçadão da Rua Silva Jardim, no centro comercial; “o velho e o cântaro”: estatueta do busto de um velho com suas longas barbas se espalhando pelo cântaro, ladeado por duas antas, simbolizando as águas sanfranciscanas correndo para o mar, protegidas pelas barrancas.